Seu escritório de advocacia está cuidando direito da marca?
Os tempos são outros, sabemos. No ramo jurídico, ainda se faz muito negócio no aperto de mãos, mas, mesmo que isso seja uma verdade, não cabe mais deixar sua marca de lado e fingir que isso não tem importância para o negócio.
Uma pessoa pode não querer te indicar porque sua marca não inspira confiança ou, sendo mais claro, porque o branding não condiz com seu discurso, é ultrapassado e não causa uma boa impressão.
Por isso, cada vez mais, vemos escritórios investindo tempo e dinheiro para pensar (ou repensar) “com carinho” seu branding e demais elementos da comunicação visual.
Sendo assim, separamos 5 dicas que vão ajudar a olhar esse tema com mais atenção daqui para frente:
1 – Crie um significado: Tenha um discurso bem resolvido quando lhe perguntarem o significado da sua marca. Um “não sei” ou a tentativa de improvisar uma defesa, pode significar a perda de credibilidade e arruinar sua imagem.
2 – Cores cumprem uma função sensitiva na percepção da marca: As vibrantes estão em alta, mas precisam ser balanceadas com outras que representem seriedade e experiência. Não se esqueça de que é um escritório de advocacia e que precisamos manter a sobriedade da profissão.
São, essencialmente, quatro códigos de cores que você precisa ter para sua marca:
RGB: para mídias online em geral;
CMYK: para impressões;
Hexadecimal (#): para programação web; e
Pantone: para impressões institucionais (timbrado, envelopes, cartões de visita etc.)
Se você não recebeu esses códigos quando a agência entregou a sua marca, bata lá e peça. Dessas, somente a cor Pantone pode ser dispensável, porque, apesar de garantir a qualidade da cor que está sendo impressa, ela pode ser substituída pela CMYK, sem grandes perdas.
3 – Contraste é fundamental: Se você tem duas cores na sua marca, uma precisa se sobrepor à outra, sem perder leitura. Por mais que as cores, muitas vezes, estejam aplicadas separadamente no logotipo, elas também precisam ser pensadas juntas, como em um folder, na papelaria, nos posts de redes sociais etc. Por exemplo: se você escrever algo com a cor amarela em cima de uma cinza clara, não vai dar contraste/leitura. Um layout bem contrastado fica mais harmonioso, fácil de interpretar e objetivo.
4 – Cuidado com os degrades: Eles são legais, bonitos (se bem aplicados) e chamativos. Funcionam muito bem nas mídias digitais e dão um dinamismo interessante. Estamos vendo as marcar ousarem, cada vez mais, com os degrades. Mas, na hora de imprimir, você pode ter uma ingrata surpresa – Se o degrade não for bem feito por um designer, a transição das cores pode não ficar suave e apresentar ruídos indesejáveis. Se optar pelos degrades, use, preferencialmente, no apoio à comunicação visual e evite usá-los na marca, onde a incidência de impressão é maior.
5 – As fontes também têm seu significado: Fontes com serifa (como a Times New Roman) dizem mais sobre conservadorismo e tradicionalismo, porque lembram os pilares da arquitetura Greco-romana, onde tudo começou no direito. Já as sem serifa (como a Calibri), dão um aspecto mais jovial e dinâmico. Ambas podem funcionar se forem bem trabalhadas.
Lembre-se da conotação que gostaria de dar para sua marca e leve em consideração essas dicas.
Fabio Bernardes é Diretor de Arte e sócio da LETS Marketing, uma consultoria especializada em estratégias e operações de escritórios de advocacia.