Vídeo-marketing, o formato tendência que é estimulado pelo algoritmo
Como a área jurídica pode criar vídeos para estimular a curiosidade por temas técnicos e favorecer a engenharia de busca
A cada dez postagens do feed do Instagram, ao menos seis são imagens em movimento. Pode não ser uma concepção formal de roteiro audiovisual com uma história contada com início, meio e fim, mas existe um movimento.
Recentemente, a mesma rede também ampliou o tempo de 15 segundos para um minuto no recurso de stories, fazendo com que o diário de posts tenha uma lógica 24 horas, e o Reels seja um formato mais estratégico para, enfim, encadear uma narrativa visual nesta plataforma.
Tais mudanças acompanham o chamado modelo algorítmico, isto é, são definidas a partir de um comportamento do usuário e a captura de dados que a engenharia de busca de plataformas digitais faz para determinar uma seleção daquilo que o algoritmo “pensa” ser útil e bom para você. As escolhas, então, são decisões tomadas pela lógica sistêmica e tecnológica desse mecanismo de inteligência artificial e não algo orgânico proveniente do gosto determinado somente pelo usuário.
As redes sociais são assim desde a segunda década dos anos 2000 e o impulsionamento do algoritmo está atrelado ao crescimento das grandes empresas de tecnologia e dados do mundo, entre elas Google, Meta e Apple. De acordo com pesquisadores como a norte-americana Cathy O’Neil e o brasileiro Sérgio Amadeu, a inteligência artificial também tem suas subjetividades por ser alimentada pelos cliques e preferências dos usuários.
Em tempos de influência digital, portanto, o vídeo tinha que ser o formato mais arrojado, dinâmico e rápido para a captura da audiência.
Em outras redes que ainda possuem sistemas de buscas baseados em inteligência artificial e seleção humana, como o caso do LinkedIn, o vídeo também é o protagonista da vez.
Entendido como uma peça de comunicação especial, postagens com vídeos e legendas repercutem melhor do que o famoso post simples – foto e texto.
Na busca por engajamento, vídeos curtos são as apostas também de escritórios de advocacia, seja para mostrar os bastidores e as estruturas operacionais da firma, seja para mostrar vozes diferentes e depoimentos sobre uma causa. O vídeo, portanto, é a “figurinha premiada” de um bom calendário de publicações que estimulem performance e vantagem competitiva.
O tempo do algoritmo e o vídeo
Um vídeo assertivo para a engenharia de busca e para o público-alvo precisa ter quatro passos e não passar de 3 minutos:
- Início da sessão: seu espectador estará conectado com você nos primeiros 15 segundos. Por isso, este tempo precisa ser o mais atrativo para prender a audiência até o final, podendo ser com uma imagem de tirar o fôlego ou com uma pergunta na animação;
- Determine a duração da sessão de seu vídeo e pense em partes, fragmentos que podem ser acelerados ou pulados. É preciso desenvolver uma ideia contando o que, por que e como o tema abordado afeta seu espectador. Utilize termos chaves no vídeo;
- Final da sessão e consistência de postagem: seu vídeo precisa ter uma moral final e a postagem deve ser objetiva com um conteúdo instigante para ter consistência;
- O título do vídeo precisa trazer palavras-chaves.
Como a área jurídica pode criar vídeos para estimular a curiosidade por temas técnicos?
De acordo com a consultoria Brightcove (2019), este formato tem uma conversão 1200% maior do que qualquer outro. Para facilitar o reconhecimento do algoritmo, vídeos precisam trazer alguma:
- Clareza – da ideia que se quer transmitir;
- Descoberta – propor algo novo, exclusivo;
- Listagem – oferecer rankings temáticos (ex: Os três casos mais comentados);
- Otimização – distribuir o conteúdo, pensando em frames estratégicos (triângulo de ouro da otimização é criar conteúdo com título, descrição e tags);
- Boa edição;
- Boa thumbnails – 60% da intenção de cliques está no contato visual direto das Thumbnails, que são artes que aguçam a curiosidade.